terça-feira, 1 de novembro de 2016

CORAGEM PARA LUTAR

A luta dos estudantes é um exemplo a ser seguido pelos trabalhadores que assistem sem reação aos ataques que o atual governo vem cometendo contra todo mundo com a PEC 241.

Quando tudo que conquistamos é ameaçado, se faz necessário reagir. Eis a grande lição que crianças, adolescentes e principalmente a juventude vem dando ao povo brasileiro que assiste passivamente aos ataques que o ilegítimo governo Temer vem promovendo.

Mas do que reclamar do desemprego, da perca de direitos, do ataque contra a previdência social, a perca do poder aquisitivo do salário é preciso se organizar, debater, propor e avançar na luta de resistência contra esses ataques. Temos muito que aprender com esses estudantes. É preciso antes de tudo se ter coragem para lutar e derrotar esse governo.

Antonio Alves

Não consigo compreender como as pessoas estão conformadas com tantos ataques seguidos contra os nossos direitos. Essa situação é muito estranha, não compreendo como as pessoas estão paradas com tudo isso. Mesmo tendo pouca idade, leio os sites de noticiais, as postagens nas diversas redes sociais e não entendo como estão todos calados.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A culpa é sua

Tempos estranhos esses onde as vítimas recebem o ônus da culpa por serem agredidas.
Estamos vivendo em tempos estranhos. Os problemas sociais como desemprego, roubos, assaltos, assassinatos, estupros e demais crimes ou situações que qualquer ser humano pode sofrer na vida deixou de ser uma ação do bandido e sim responsabilidade da vitima.

Nessa sociedade doente, devemos entender que por mais que você tente andar na linha, nada irá te livrar da culpa. Pois no Brasil, nenhuma vitima é inocente.

Antonio Alves

- Enfermeiro, injete adrenalina e prepara o desfibrilador. Disse doutor Augusto.
- A pressão dele está subindo doutor. Respondi preocupado.
- Vamos longo, precisamos estabilizar o paciente antes de chegar ao hospital. Coitado, tão jovem. Lamentou o médico.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Cadê a nota fiscal?

Brincar, correr, pegar frutas e se divertir. Eis o grande compromisso que as crianças tem. Serem crianças.
As experiências que vivemos na infância ficam marcadas em nosso imaginário. A quem afirme que exatamente por isso, toda e qualquer circunstância que passamos nesse período serve como aprendizado prático, seja bom ou ruim, essa marca fica registrada em nossa memória afetiva.

Muitos medos, incertezas e preconceitos acabam se solidificando no pensamento das crianças periféricas. Seja o medo de algum vizinho, de alguma situação desagradável, vergonhosa ou a própria condição de medo da policia.

Antonio Alves

A rua era meu lugar. Não posso mentir sobre como gostava de estar na rua, brincando, conversando, sonhando sobre o futuro, discutindo sobre o que era interessante para eu e meus amigos. É impossível você não gostar de estar na rua quando é a única forma de lazer disponível para crianças de baixa renda.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Quando o futuro me faz lembrar o passado



O papel do cronista, mesmo o menos pretensioso, é de provocar uma reflexão sobre a realidade. Fazendo com que as pessoas pensem sobre o que está acontecendo, concordando ou discordando das posições e convicções do autor.

A escalada de ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo nos últimos meses, me fez tomar uma decisão com relação ao ato político de escrever. O de tentar utilizar essa ferramenta como instrumento pedagógico para a educação, articulação e reorganização da classe trabalhadora. Mulheres e homens que estão assistindo apáticos aos ataques, por não compreenderam o que está em jogo com todas essas ações.

Percebemos que os ataques aos direitos trabalhistas, vem retirando aos poucos os benefícios duramente conquistados por anos de luta. Um processo que vem se caracterizando com a privatização das estatais estratégicas, o ataque à política de assistência social, aos direitos trabalhistas, o congelamento do orçamento, o aumento do desemprego e o fortalecimento de uma crise estrutural que faz parte da própria lógica do sistema político/econômico mundial.

Essa crônica tenta problematizar o que poderá acontecer em um futuro próximo. Daqui há nove anos já teremos passado por diversas transformações. Muitos vão olhar para trás com saudades de um tempo onde ainda existiam direitos. E os mais experientes vão perceber que o futuro vai fazer lembrar um passado remoto, com ares de novo, porém velho em sua essência. Estamos correndo o risco de entrarmos em uma época, onde até o direito de sonhar poderá se perder no meio do conformismo alimentando diretamente pela inércia do apolítico.

Antonio Alves


TRIIIIIIMMMMMMMMM!!!!!
Acordo de um sobre salto com o despertador gritando de forma escandalosa às cinco horas da manhã. Olho minha agenda. Hoje, segunda-feira, 20 de outubro de 2025. Tenho que ajudar a Kátia no preparo das coxinhas para vender na barraquinha no metrô, levar o Kleiton para a escola, depois vou passar no mercado para comprar ingredientes para fazer mais coxinhas. No final da tarde reunião com outros ambulantes para evitar o despejo das barracas que a prefeitura está querendo realizar.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Vítima ou culpado

A quem interessa de fato a solução do problema do abuso e utilização das drogas no Brasil? Quem são os culpados e as vítimas? O que está de fato por trás dessa lógica de combate as drogas?  
As drogas, em todas as sociedades, sempre foram utilizadas como mecanismo de socialização e alívio do drama cotidiano de milhares de pessoas. Essa grande válvula de escape social acabou sendo utilizado de forma estratégica para desmobilizar as possíveis revoltas e criminalizar pessoas e comunidades.

A guerra contras as drogas, as clínicas de recuperação e uma política de intolerância por parte dos órgãos de segurança servem como uma mina de ouro para os aproveitadores e uma verdadeira ferramenta de higienização social em diversas regiões no País.


Antonio Alves

- Dale Carlinho! E ai velho, tu pode me arrumar um real ai? Perguntei para um velho amigo de infância.
- Tem não pow! Foi mal! Carlinho respondeu meio cabreiro.
- É quente Carlinho, desculpa ai! Saio meio sem graça e sigo meu caminho.

Pow, o vicio é foda. A gente acorda já na fissura, a fim de aliviar a tensão. Agora tô assim, morando na rua, abandonado por todos e tentando sobreviver como posso. Às vezes peço, outras vezes eu ganho. Em último caso, já sabe...